190KG DE PÃO PARA A PLATAFORMA DE APOIO AOS REFUGIADOS
No mês de março, a ação Pão para Todos levou-nos até Fátima, onde ficámos a conhecer o trabalho e a importância da PAR, Plataforma de Apoio aos Refugiados, coordenada pelo JRS (Serviço Jesuíta aos Refugiados).
“A Plataforma de Apoio aos Refugiados é o exemplo perfeito da solidariedade e do poder de hospitalidade do povo Português, que se rege pelo lema da grande Sofia de Melo Breyner Andresen: “Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar.” São palavras que desde 2015 até hoje continuam a fazer sentido. A crise de refugiados continua bem presente e a empatia é crucial.” – Refere Marta Carvalho, Técnica de comunicação do JRS.
A PAR é uma plataforma composta por várias instituições da sociedade civil, que assenta em 3 eixos - PAR Linha da Frente, PAR Famílias, PAR Sensibilização.
“Através do PAR Famílias, acolheram desde 2015, cerca de 1000 pessoas que vieram ao abrigo dos programas de recolocação. A PAR tem um Secretariado Executivo que recebe as propostas de instituições anfitriãs e as candidaturas de famílias (que vieram ao abrigo do programa de recolocação europeu). Este serviço faz o encontro entre Instituição e Família, e acompanha, posteriormente, a Instituição Anfitriã (IA) no que for necessário, nomeadamente em termos de apoio técnico.” – Acrescenta Marta.
O JRS é a instituição que coordena a plataforma e que em novembro de 2021 acolheu um grupo de 300 afegãos. Esse grupo está de momento em centros de acolhimento temporário e a PAR está a trabalhar na integração de cada agregado familiar através de casa autónoma e criação de comunidades de hospitalidade.
Através do JRS são acompanhados diariamente migrantes e refugiados que precisem de auxílio em qualquer tipo de questão ao nível da integração – apoio social, legal, psicológico, medicamentoso, laboral, procura de habitação, etc.
“A PAR apoia as famílias que chegam ao abrigo do programa de recolocação, que depois de chegarem a Portugal ficam inseridas num programa de acolhimento, durante 18 meses. Durante estes 18 meses a PAR através das IA’s e do secretariado técnico assegura-se de que as famílias têm um lar, aprendem a língua, se integram na comunidade, encontram um emprego, etc. Mas este trabalho não acaba no fim do programa de acolhimento, pois a PAR já conseguiu proporcionar muitos, e bonitos, reencontros: https://www.refugiados.pt/falta-um-elemento-mas-celebremos-familia-shlash-reunida-em-braga/ “– Indica Marta.
De momento, as necessidades básicas das famílias PAR, inclusive afegãs, estão suprimidas graças à solidariedade dos portugueses, das empresas e dos parceiros. Contudo, se pretender ajudar, pode fazê-lo oferecendo à Plataforma de Apoio aos Refugiados:
- Soluções de habitação, para alugar, em qualquer parte do país. (Quem tiver informações pode preencher o formulário: bit.ly/3yde5Qu);
- Voluntários para fazerem parte das Comunidades de Hospitalidade, seja do seu distrito (um grupo maior que integra todos os voluntários que querem suprimir as necessidades gerais das famílias), seja da Comunidade de Hospitalidade da família (um grupo mais pequeno de voluntários que presta apoio informal às famílias afegãs em articulação com a nossa equipa técnica). Quem desejar integrar o sistema de voluntariado da PAR, deve enviar os seguintes dados: NOME + DISTRITO para o 967 886 178;
- Propostas de emprego para os membros das famílias;
- Parceiros dispostos a desenvolver atividades lúdicas com as famílias que ainda estão em centro (passeios, workshops, etc.);
- Em relação ao JRS, foi inaugurado dia 1 de março um centro de acolhimento para rapazes vindos de barcos humanitários, e como tal, as doações de bens alimentares são sempre bem-vindas.
Caso queira ajudar a Plataforma de Apoio aos Refugiados, poderá saber como em https://www.refugiados.pt/ “